Festival da Mandioca pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

O PL tem o objetivo de garantir a preservação e a valorização de uma das festas mais importantes do calendário cultural sergipano, que une tradição, produção agrícola e manifestações populares.

Por Redação, em 12 de junho de 2025

O deputado federal, Nitinho Vitale (PSD-SE), protocolou na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 3452/2025, que reconhece o Festival da Mandioca, realizado em Lagarto, como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O PL tem o objetivo de garantir a preservação e a valorização de uma das festas mais importantes do calendário cultural sergipano, que une tradição, produção agrícola e manifestações populares.

“Essa festa nasce da força do povo de Lagarto, gente que planta, colhe, transforma e gera riqueza com muito esforço e dedicação. O Festival da Mandioca é um reflexo da capacidade produtiva e da cultura desse povo trabalhador, que construiu uma tradição que merece ser reconhecida e preservada nacionalmente”, afirmou o parlamentar.

Origem- Criado em 2011, o festival celebra a mandioca, alimento ancestral cultivado pelos povos indígenas, essencial na culinária brasileira e pilar da economia rural do município. Lagarto é um dos maiores produtores de mandioca de Sergipe e concentra uma cadeia produtiva que movimenta empregos, renda e desenvolvimento no agreste sergipano.

A cidade, localizada a 75 km da capital Aracaju, tem cerca de 106 mil habitantes e é historicamente marcada pela agricultura familiar. O festival cresceu ao longo dos anos e hoje atrai milhares de visitantes com uma programação que inclui feiras gastronômicas, apresentações folclóricas, quadrilhas, oficinas culturais, desfiles de alegorias e shows musicais.

Economia- A última edição movimentou cerca de R$ 2,5 milhões em investimentos e gerou mais de 800 empregos diretos e indiretos, com participação ativa de produtores locais, comerciantes, artistas e artesãos.

O reconhecimento como patrimônio imaterial deve fortalecer políticas públicas de preservação cultural e abrir novas oportunidades de financiamento, turismo e visibilidade nacional.

O projeto segue agora para análise nas comissões temáticas da Câmara.