Em 2025, Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até o final de 2025, 73.610 novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no país, o que coloca a doença como a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras. 

Por Redação, em 19 de abril de 2025

Com o aumento da incidência de câncer de mama no Brasil, a procura por mastectomia preventiva tem crescido nos últimos anos, especialmente entre mulheres com histórico familiar da doença ou que carregam mutações genéticas, como as nos genes BRCA1 e BRCA2, que são favoráveis ao desenvolvimento do câncer. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até o final de 2025, 73.610 novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no país, o que coloca a doença como a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras. 

Diante dessa realidade, muitas mulheres estão optando pela mastectomia como uma estratégia para reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Segundo o Dr. Washington Lima, diretor técnico do CRMA e especialista em microcirurgia reconstrutiva, “a mastectomia preventiva pode reduzir em até 90% o risco de câncer de mama em mulheres com alto risco genético. Contudo, essa decisão não deve ser tomada de forma impulsiva, é essencial que a paciente passe por um aconselhamento genético e tenha apoio psicológico durante todo o processo de decisão, já que a remoção das mamas pode ter um grande impacto emocional e físico.”

Após a mastectomia profilática, muitas mulheres optam pela reconstrução mamária, um procedimento que visa restaurar a aparência das mamas removidas. Por isso, técnicas como o retalho DIEP, que utiliza gordura e pele do próprio corpo da paciente, têm se destacado por oferecer resultados naturais, proporcionando não só uma melhoria estética, mas também um impacto positivo na autoestima e no bem-estar emocional das mulheres.

“Com as técnicas avançadas de reconstrução mamária, como o retalho DIEP, conseguimos resultados estéticos naturais, proporcionando à paciente não apenas a restauração da forma, mas também uma recuperação da sensibilidade da mama. O retalho DIEP utiliza apenas tecido autólogo – gordura e pele do próprio abdômen da paciente – o que significa que a mulher não precisa de implantes e ainda preserva a função muscular do abdômen”, afirma o Dr. Washington.

Embora a mastectomia preventiva seja uma opção válida para mulheres com alto risco de câncer de mama, diversos médicos ressaltam que a prevenção da doença deve ser baseada em uma abordagem multifacetada. A realização de exames regulares de rastreamento, como a mamografia, além de uma mudança no estilo de vida com a adoção de hábitos saudáveis, continua sendo essencial para detectar a doença em estágios iniciais e aumentar as chances de sucesso no tratamento.