Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe celebra 25 anos com sessão na Alese

Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe celebra 25 anos com sessão na Alese.

Por Redação, em 16 de dezembro de 2024

Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe celebra 25 anos com sessão na Alese16.

A iniciativa contou com o apoio do deputado estadual Paulo Júnior (PV), parceiro da Instituição, e autor de lei estadual que beneficia os deficientes visuais por meio da emissão gratuita de certidões de nascimento, casamento e óbito em braille (sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão). A Lei de número 9411/2023 já foi sancionada.

“Esse evento de hoje é alusivo ao dia do deficiemte visual e celebra os 25 anos da Adevise, uma associação que presta serviço de utilidade pública para a sociedade com a defesa e garantia de direitos, acolhimento e também oferece curso de braille. Sobre a lei de minha autoria, considero uma conquista porque busca a inclusão das pessoas com baixa visão e com deficiência visual por meio de documentos com a linguagem adequada. É uma forma de integração dessas pessoas. Outros estados já possuem legislação, a exemplo de São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo. Vamos levar a Lei pessoalmente à Associação de Deficientes Visuais de Sergipe, é uma conquista importante”, afirmou o deputado Paulo Júnior.

Dados

De acordo com dados o Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,5 milhões de pessoas em todo o País apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%).

Adriano da Rocha, presidente da Associação, falou sobre o evento. “ Cada vez mais, a Adevise tenta evoluir. Temos ofertado cursos e atividades esportivas, culturais, além de psicólogo, oftalmo, programa de rádio na Jubileu FM, assessoria jurídica. Este espaço é importante para dar voz a nossas necessidades”.

O advogado Robson de Santana Guidice abriu a mesa destacando a necessidade de debate sobre inclusão e sobre capital social de pessoas com deficiência.

“Raramente o cego é chamado para ser protagonista. Tudo que o cego tem a oferecer é seu depoimento de vida, o que diminui seu capital produtivo. Quantos cegos conhecemos em posições relevantes. Existe um abismo entre o direito e a aplicação desse direito”, declarou.

O ex-vereador e jornalista Lucas Aribé cobrou um plano estadual de políticas para pessoas com deficiência. “Precisamos de um plano com orçamento e metas definidas. Até quando iremos participar de eventos e não teremos representatividade? Parabenizo os deputados aqui presentes e sugiro que a Assembleia forme uma frente pela inclusão”.

Presenças

O evento contou com a presença da deputada estadual Linda Brasil, apresentação do Coral 3ª Visão da Adevise e falas do ex-vereador Lucas Aribé, do advogado Robson de Santana Guidice, de um dos fundadores da Associação Osvaldo Mascarenhas de Andrade Filho e do professor
Evanilson Vieira da Silva.

Fotos: Jorge Luiz